sábado, 18 de maio de 2013

Eleito novo presidente do PSDB, Aécio Neves defende privatizações e ataca PT


O senador mineiro Aécio Neves foi eleito neste sábado (18) presidente nacional do PSDB. Na convenção nacional da legenda, em um hotel de Brasília, ele recebeu 97,3% dos votos dos integrantes do partido. Cerca de 4 mil tucanos estiveram no evento, incluindo lideranças, parlamentares, prefeitos, governadores e militantes. Ele assumiu o cargo atacando o governo petista e saindo em defesa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que estava presente e discursou. O ex-ministro José Serra foi outra liderança do partido a comparecer. 
Aécio recebeu 521 dos 535 votos dos delegados eleitos para escolher o sucessor de Sérgio Guerra à frente do partido. Eleito, Aécio fez um discurso de 25 minutos agradecendo o voto de confiança dos companheiros de legenda. Ovacionado pelos presentes, o senador fez várias críticas ao governo federal e falou sobre as dificuldades que a oposição deve encarar nas eleições de 2014.
"Não será fácil a nossa missão, mas está longe de ser impossível. Não vamos enfrentar apenas um partido, mas um partido que se encastelou no poder", disse Aécio. "Hoje, vocês podem imaginar, é um dia diferente. Hoje, presidente Fernando Henrique, não realizamos apenas mais uma convenção. Hoje, nós nos reencontramos com a nossa história", acrescentou.
Aécio disse que assume um partido "unido como nunca", e não um "esfacelado". Para ouvir o discurso na íntegra, clique aqui.
Sobre sua possível candidatura à presidência, o tucano preferiu ser cauteloso. "Ainda não é hora de tratarmos disso, com um projeto alternativo a esse que está aí. Onde estiver o PSDB, estará a defesa intransigente da ética, da liberdade, da democracia".
Críticas ao PT
Em seu discurso, Aécio disse que o Brasil está em estado de "estagnação" e também não poupou os governos Lula e Dilma. "Se tivessem que comemorar dois anos (de governo Dilma), seria o pibinho ridículo, irrisório, vexatório", disse, acrescentando que o PT comemorou os dez anos no poder porque os últimos dois anos de Dilma foram um "fracasso".
O senador criticou também o grande número de ministério da atual gestão. "Recebi um email de um amigo, dizendo que o Sri Lanka tem 53 ministérios. Que se cuide o Sri Lanka que, daqui a pouco, vai ser vice-campeão (comparando com o Brasil do PT)".

O tucano disse ainda que o PT faz um "governo dos amigos, para os amigos", salientando que o PSDB irá "cuidar das pessoas, olhar e buscar os caminhos evitando o populismo e medidas demagógicas".
Ele citou Fernando Henrique Cardoso como o presidente responsável por mudar a história do país. "Garantimos a abertura da economia, com as privatizações", defendeu.  Ele listou ainda entre as conquistas do partido a estabilização da economia, o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal e ainda "os primeiros programas de transferência de renda", que são mais associados ao PT. 
Bahia
O deputado federal Antonio Imbassahy foi eleito primeiro-secretário nacional da legenda na convenção. Em nota, o presidente da Câmara de Salvador, Paulo Câmara, que esteve no evento, elogiou a decisão. "A Bahia ganho espaço de destaque na Executiva nacional do partido", afirmou. Ele também criticou os rumos econômicos do país. "O país está saindo dos trilhos, com a alta de preços de alguns produtos, PIB baixo e obras inacabadas".
Imbassahy também falou sobre o encontro. "O partido está unido, conforme frisou o ex-governador e ex-ministro José Serra hoje. As prioridades são ampliar nossa área de atuação na comunicação e na estrutura orgânica do partido, nas bases, com o movimento afro, movimento de mulheres e sindical, entre outros. O PSDB deve ter interlocução em todos os municípios do Brasil. E a minha escolha como primeiro-secretário fortalece a representatividade da Bahia na legenda", acredita.

Nenhum comentário:

Postar um comentário