sexta-feira, 6 de junho de 2014

A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL GRITA SOCORRO!

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Quando um brasileiro precisa dar entrada num hospital público percebe, ainda na recepção, não ser a única vítima. A saúde do Brasil como um todo grita socorro, num colapso financeiro e falta de assistência inaceitável, mas o governo brasileiro finge não escutar.

A atenção básica, que deveria funcionar como a principal porta de entrada dos pacientes, não funciona na maioria das cidades. As Unidades Básicas de Saúde estão sucateadas e a ausência de médicos é constante, o que, claro, acaba sobrecarregando os hospitais.

Recentemente a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, com representantes das 2.100 unidades por todo o país, protocolou junto à Presidência da República uma carta aberta à população e à imprensa tornando pública a preocupação com a situação em que se encontram. Estas instituições hospitalares destinam 60% de sua capacidade ao SUS, mas o valor que recebem por isso é notoriamente deficitária.

A conta é simples: ele recebe do governo apenas 60% do que paga a quem lhe presta os serviços, como médicos, enfermeiros e demais funcionários, precisando arcar com os outros 40% e gerando assim dívidas acumuladas superiores a R$ 15 bilhões ao longo dos anos.

Se a maioria deles começar a fechar as portas, o que farão os 150 milhões de brasileiros que só tem o SUS como seu sistema de saúde?
Enquanto isso e acreditando ser um santo remédio, o governo optou por importar médicos de países vizinhos. Mas, para trabalhar onde e de que forma?

Diante da realidade dos postos de saúde, a única solução encontrada por muitos é colocar o paciente dentro de uma ambulância qualquer e encaminhá-lo para os hospitais, fazendo com que ele enfrente uma fila por horas, dias e até meses, até porque nos últimos anos 13 mil leitos já precisaram ser fechados no Brasil. E é nessa guerra diária fria e desumana por uma vaga que muitos brasileiros não resistem.

* Manuela Berbert é publicitária e colunista do Diário Bahia.

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