Atraso na promulgação da PEC foi verdadeiro motivo do adiamento da viagem de Wagner
O governador Jaques Wagner (PT) resolveu fazer pouco caso da pretensão do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Marcelo Nilo (PDT), de se tornar candidato a vice na chapa do petista Rui Costa, coincidentemente, depois da aprovação da PEC da antecipação dos royalties do petróleo pela Assembleia Legislativa, mas se esqueceu de que a matéria precisa primeiro ser promulgada pelo presidente da Casa a fim de ter valor e viabilizar a antecipação de recursos capazes de tirar a administração do buraco em que o governo a meteu.
Conhecedor profundo do regimento do Legislativo, Nilo tapava todos os furos do governo na Casa, mas desta vez, pelo visto, depois de ter sido excluído da chapa majoritária governista, não tem mais motivos para se empenhar tanto em ajudá-lo como fez nestes quase oito anos da administração petista. Como o líder do governo na Assembleia, deputado Zé Neto (PT), dormiu no ponto, ainda não há prazo para que a PEC seja promulgada. Isto porque são necessárias à promulgação a assinatura do presidente, do primeiro-secretário, deputado Paulo Azi (DEM), e do segundo-secretário, deputado Rogério Andrade.
Como Azi está viajando desde a semana passada, quando a matéria foi aprovada, Nilo sugeriu a Zé Neto que fizesse a ele uma correspondência pedindo autorização à mesa diretora para o terceiro secretário assinar a PEC no lugar do primeiro. O petista só enviou a correspondência ontem à noite e o presidente tentou submeter o documento à mesa diretora numa reunião hoje pela manhã, mas não houve quórum para deliberações. Agora, só na semana que vem, quando a mesa voltará a se reunir. Antes, contou uma fonte da Assembleia ao , o presidente da Assembleia não teria permitido que o impasse acontecesse.
A preocupação com a promulgação fez o governador Jaques Wagner (PT) adiar as mini-férias que tencionava tirar agora com a primeira-dama, Fátima Mendonça, para a Semana Santa. ”O governador não está, conseguindo dormir, porque à medida que o tempo passa, mais longo se torna o processo para os recursos que serão antecipados entrarem na conta do governo”, contou uma fonte do PT ao referindo-se ao fato de que, além da PEC dos Royaties, é necessária a aprovação de mais dois projetos para que a antecipação dos recursos ocorra.
Enfim, tudo demanda tempo, um bem tão precioso quanto o dinheiro que o governo vislumbra com a PEC dos Royalties para tirar a corda do pescoço neste ano eleitoral.
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