A pouco mais de três meses para o fim da gestão, o governador Jaques Wagner tem empedrado o tom contra o candidato oposicionista ao governo do estado, Paulo Souto (DEM) e o seu principal cabo eleitoral, o prefeito de Salvador ACM Neto. Na tarde desta segunda-feira (8), o gestor da capital baiana rebateu as declarações do chefe do executivo baiano que concedeu entrevista ao jornal Tribuna da Bahia.
Aos jornalistas, na tarde desta segunda-feira (8), o demista disse que o governador tem ‘descido o nível do diálogo’ e que não lê mais as declarações do petista. Mesmo assim, garantiu que a relação institucional dos dois continua a mesma. “Da minha parte não. Alguém está me vendo provocar o governador, com palavras ofensivas? Não. Exatamente porque ele está num momento de falar bobagens, então prefiro não responder para não o prejudicar”, cutucou.
Para o prefeito, o momento conturbado na política baiana tem deixado o governador inquieto. “Na eminente derrota ele tem falado bobagens e descido o nível das declarações”. Neto ainda garantiu que se manterá sereno em seus discursos e entrevistas. “Sempre vou manter o nível, com as minhas colocações lúcidas e equilibradas até porque não posso desconsiderar que sou gestor da capital e a despeito de ser cabo eleitoral ou militante político, não desassociarei jamais da minha função e responsabilidade com Salvador”.
‘Mensalão 2.0’
O demista ainda declarou que considera as revelações de nomes de petistas na lista de delação do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, um dos maiores escândalos da corrupção no Brasil. “Este é o ‘mensalão 2.0’, ainda mais grave do que o ‘mensalão 1.0’. Ele mostra que principalmente o PT, PMDB e o PP estavam no centro desse esquema de corrupção que foi montado na antessala do Palácio do Planalto”, disse à reportagem do Bocão News.
Sobre a participação de peemedebistas no escândalo e a relação da legenda em sua base aliada na Bahia, o prefeito garante que não afetará a imagem do seu candidato ao Senado, Geddel Vieira Lima (PMDB). “Geddel desde que perdeu a eleição para governador vem tendo uma posição muito crítica em relação ao governo federal e não tinha nenhum tipo de influência na Petrobras”.
Ainda sobre a presidente Dilma Rousseff, o demista minimizou a participação da petista no esquema, mas não a deixou de responsabilizar sobre a fiscalização dos negócios da estatal. “Acho que a presidente Dilma, a quem eu pessoalmente considero que não se envolva com corrupção, apesar de ser adversário, tenho a obrigação de dizer que não acredito que a presidente se envolva com desvios de dinheiro, mas é inegável que aconteceu ao lado dela e foi montado o maior, o mais amplo esquema de corrupção na história do Brasil.
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