Foto: Max Haack /
Delatora de um suposto esquema de propina que teria desviado R$ 6 milhões de construção de casas populares no interior da Bahia durante o governo de Jaques Wagner (PT), a presidente da ONG Instituto Brasil, Dalva Sele Paiva, tinha velas acesas para Deus e para o Diabo, como diria o ditado popular (sem identificar qual parte é qual). Uma documentação enviada ao Bahia Notícias pela assessoria de campanha de Rui Costa (PT) comprova pagamentos feitos pelo governo de Paulo Souto (DEM) ao Instituto Brasil em 2005, no montante de R$ 178.460,49 (cliqueaqui e aqui para ver os recibos). Os petistas alegam que a denúncia foi puramente eleitoreira e que “foi Paulo Souto quem trouxe este instituto para o governo, por meio de convênio firmado em 2005 com a Secretaria de Combate à Pobreza”. Tal convênio já havia sido denunciado em 2009 e seria uma estratégia da oposição para barrar o crescimento de Rui nas pesquisas. O próprio candidato afirmou que a revista Veja seria "inescrupulosa e a serviço do velho coronelismo baiano". Porém, o que não foi divulgado é que Dalva Sele Paiva foi uma das colaboradoras da campanha de Rui nas eleições de 2006, quando ele foi candidato a deputado federal pela primeira vez. Os arquivos de campanha, que podem serconsultados no site do Tribunal Superior Eleitoral, mostram que Dalva contribuiu com R$ 1.000, através de “descrição das doações relativas à comercialização” (clique aqui para ver o arquivo). Além disso, naquele ano, a presidente da ONG também aparece como colaboradora na campanha de Nelson Pelegrino, com R$ 2.000 (veja). A delatora está fora do País e deve ser acionada judicialmente para retornar ao país antes do dia 10 de outubro, data prevista para o fim de sua estadia na Europa. Dalva Sele Paiva, que até mesmo já apagou seu perfil no Facebook após a denúncia, é figura presente na política baiana desde que Lídice de Mata (PSB) foi prefeita de Salvador, quando foi chefe de gabinete de um órgão equivalente à Superintendência de Conservação de Obras Públicas (Sucop).
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