sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Marina diz não se preocupar com rigor do TSE no julgamento da Rede

Ex-senadora e atual vereadora de Maceió, Heloísa Helena (PSOL) participa de lançamento de partido ao lado de Marina Silva (Foto: Iara Lemos/ G1)
A poucos dias do julgamento decisivo que irá definir se ela terá um partido próprio para disputar o Palácio do Planalto, a ex-senadora Marina Silva disse nesta sexta-feira (27) não temer eventual rigor dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral na análise do pedido de registro da Rede Sustentabilidade.
Correndo contra o tempo, já que a sigla tem que ser aprovada até o sábado da semana que vem, Marina visitou nesta sexta a ministra Luciana Lóssio, o sexto integrante do tribunal que ela procurou nos últimos dias para apresentar seus argumentos --ao todo, sete magistrados julgarão o pedido da Rede.

"Não nos preocupamos com os que estão dizendo que são rigorosos. Isso é totalmente compatível e vem ao encontro do rigor que tivemos", disse a ex-senadora, para quem o partido conseguiu cumprir a regra da lei que exige a coleta mínima de 492 mil assinaturas de apoio pelo país.
"Apresentamos uma série de razões pelas quais compreendemos ser justa a nossa petição de registro da Rede Sustentabilidade. Se contabilizadas as 95 mil assinaturas anuladas injustificadamente [pelos cartórios eleitorais], a Rede tem mais de 550 mil assinaturas, portanto está apta ao seu registro."
A Rede apresentou ao TSE nesta sexta-feira mais 20 mil assinaturas validadas pelos cartórios, o que, pelas contas do partido, totaliza 462 mil certificadas, ainda 30 mil nomes a menos do que o mínimo exigido em lei.
Devido a isso, a Rede pede ao TSE que adote uma postura inédita e considere válidas 95 mil assinaturas que após análise dos cartórios foram recusadas por alguma divergência com o banco de dados oficial.
Segundo o partido, a motivação para a recusa a esse lotes de assinatura não foi divulgada pelos cartórios, o que seria ilegal na visão da agremiação.
O julgamento da Rede está previsto para quarta (sessão extraordinária) ou quinta-feira, dois dias antes do prazo final para que os candidatos às eleições de 2014 se filiem a algum partido.
Mais uma vez, Marina se recusou a falar sobre a possibilidade de se filiar a uma outra legenda caso o TSE rejeite o pedido de registro de seu partido. O presidente do nanico PEN (Partido Ecológico Nacional), Adilson Barroso, disse que até muda o nome da sigla para "Rede" como forma de convencer Marina a se filiar.
"Como eu disse, estou 100% focada no plano A", afirmou a senadora na saída do encontro com Lóssio.
Marina também minimizou a queda na pesquisa do Ibope, em que ela foi de 22% para 16% das intenções de voto, dizendo que o levantamento mostra um retrato momentâneo. "Temos ainda um ano pela frente".
Ela também não quis comentar o atual troca-troca de políticos a caminho das duas legendas criadas na terça-feira, o Solidariedade e o Pros (Partido Republicano da Ordem Social), dizendo apenas que a Rede tem uma série de critérios com o objetivo de atrair filiações "programáticas".
Resolução recente da Rede liberou todas as filiações feitas até o dia 5 de outubro, que ficaram condicionadas a avaliação posterior.

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