O Pânico está em queda livre. Perdeu quatro de cada dez telespectadores que tinha em 2009, quando atingiu o auge no Ibope. Neste ano, registra média de 5,3 pontos na Grande São Paulo, a terceira pior da história, 42% menor do que cinco anos atrás. Na Band desde 2012, o humorístico não consegue repetir o desempenho da época da RedeTV!.
Para humoristas, roteiristas e ex-integrantes do programa, o “excesso de apelação” e o aumento da concorrência explicam a crise do programa. Apenas nos dois primeiros anos o Pânico teve audiência pior do que em 2014. Em 2003, ano de estreia na RedeTV!, registrou 2,6 pontos. Em 2009, tinha mais do que o triplo: 9,1 pontos. Incomodava a concorrência e chegava à liderança com frequência. Ultrapassava Record e SBT e chegava a bater a Globo após o Fantástico. Obrigou a Record a mudar o horário do então recém-contratado Gugu Liberato, das 20h para as 16h. Hoje, o Pânico mal se aproxima dos concorrentes Fantástico, Domingo Espetacular e Programa Silvio Santos. De vítima, o dono do SBT passou a algoz do humorístico. Se em 2009 as duas atrações estavam tecnicamente empatadas (9,2 a 9,1), em 2014 Silvio tem quase o dobro do Pânico (9,8 a 5,3). Neste ano, o programa ainda não conseguiu ultrapassar seis pontos de média mensal (em abril, marcou 5,9). A crise nos bastidores veio à tona na semana passada, quando o programa dispensou modelos (entre elas, a ex-panicat Ana Paula Minerato) e transformou o ator Marcelo Zangrandi (Ié Ié) em freelancer, sem contrato fixo.
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