quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Funcionários da Ebal organizam passeata para saber de futuro após privatização

Funcionários da Ebal organizam passeata para saber de futuro após privatização
Foto: FEC Bahia/ Divulgação
Preocupados com o próprio destino, os funcionários da Empresa Baiana de Alimentação (Ebal) organizam um protesto para esta sexta-feira (12), às 15h, no Campo Grande. Eles exigem um pronunciamento oficial do governo do estado quanto às providências que serão tomadas para manter empregados os funcionários não concursados, dentro do quadro efetivo de 2.724 pessoas. A informação é do Sindicato dos Empregados de Supermecado (Sintrasuper). É quase certa para esta quarta-feira (10) a votação do projeto de lei de reforma administrativa do governo que, dentre outras mudanças, privatiza a companhia. De acordo com o presidente do Sintrasuper, Adilson Alves, a opção de privatizar não é uma novidade para o sindicato, que já sofreu duas tentativas durante os governos de Waldir Pires e Paulo Souto. A mais recente decisão do governador eleito Rui Costa (PT), porém, não deixou de ser uma surpresa, pois a categoria soube das informações pela imprensa. “A grande preocupação está em relação aos empregos. Dos trabalhadores da Ebal, que têm uma idade média de 40 anos, apenas 700 são concursados. Uma boa parte é cargo comissionada e, neste contexto geral, um número significativo de pessoas está gozando do auxílio beneficio do INSS, afastado por doenças do trabalho. Outra parcela são pré-aposentados, gestantes, e dois dirigentes sindicais. Qual vai ser o futuro da empresa e como ficará a manutenção dos empregos?”, questionou o sindicalista. Uma vez que a lei for aprovada, o Sindisuper protocolará uma ação no Ministério Público do Trabalho (MPT) solicitando uma audiência com os representantes da empresa no sentido de explicar como será resolvido o impasse. Em mais recente publicação, a Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia (SICM) estimou que a companhia requer um investimento de, pelo menos, R$ 200 milhões para a sua modernização. Além disso, a empresa consome R$ 60 milhões aos cofres públicos. Apesar disso, seu faturamento aumentou 4,59% em comparação a 2013 – de R$ 48.734 para R$ 50.972. Procurada pelo Bahia Notícias, a assessoria de comunicação da Ebal informou que a estatal não se pronuncia sobre o assunto ser divulgado qualquer posicionamento do governador eleito. Costa tem assegurado a interlocutores que uma das prioridades após a aprovação da reforma administrativa em tramitação na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) será garantir o emprego dos funcionários. 

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