Só tem uma hipótese de um PT deixar Wagner assim, sorrindo: escolhendo Rui amanhã
O governador Jaques Wagner fez hoje um movimento preciso ao, um dia antes da reunião que o diretório estadual do PT realizará para escolher o candidato do partido ao governo, declarar abertamente que prefere ver na disputa, representando o projeto de continuidade do seu governo, o seu chefe da Casa Civil, Rui Costa.
Apesar de saber que Rui conta com a maioria dos votos do diretório, o que significa que será o escolhido, Wagner atendeu a um apelo que o grupo petista que auxilia o chefe da Casa Civil já vinha lhe dirigindo há muito tempo: admitir publicamente sua preferência, conhecida amplamente apenas nos bastidores.
Com isso, Wagner dá um xeque mate nos concorrentes de Rui, o secretário estadual do Planejamento, José Sérgio Gabrielli, que praticamente jogou a toalha numa entrevista dada em seguida à de Wagner, hoje pela manhã, e o senador Walter Pinheiro, evitando que a reunião petista descambe para um impasse.
Agora, Pinheiro e Gabrielli perdem a prerrogativa de continuar se movimentando contra Rui, o que passa pela pressão a seus representantes no diretório para que votem contra a candidatura do colega de partido ou tentem adiar a escolha no encontro de amanhã. Todo mundo chegará à reunião sabendo quem é o candidato do governador.
Na prática, antecipando o seu desejo – o de que Rui seja o escolhido por, segundo, as palavras do governador, ser o mais preparado para a missão -, Wagner abre espaço para que o chefe da Casa Civil chegue triunfante à reunião do diretório amanhã, apenas para fazer o discurso pronto de que foi o escolhido e deseja ter Pinheiro e Gabrielli ao seu lado “neste grandioso desafio”.
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