quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Líderes de greves da PM vencem eleições no Nordeste

Líderes de greves da PM vencem eleições no Nordeste
Foto: Max Haack s
Os três policiais militares que lideraram as greves mais recentes de corporações em seus estados não só se elegeram como deputados estaduais como ficaram entre os mais votados. Na Bahia, o Marco Prisco (PSDB) já havia sido eleito como vereador de Salvador logo após a paralisação da categoria em 2012. Na campanha deste ano, o ex-soldado não pôde viajar para fora da capital nem sair de casa depois das 18h e nos fins de semana – graças a restrições determinadas pela Justiça para que ele deixasse a prisão depois de ter sido detido pela Polícia Federal. Mesmo assim, Prisco foi o terceiro mais votado na Bahia, com 107 mil votos. "Foi uma campanha difícil, mas tive muito apoio da tropa. A consciência política dos policiais me deu esta eleição", disse o tucano. O vereador de Fortaleza (CE), Wagner Gomes (PR), conseguiu quebrar um recorde local: Capitão Wagner, como é conhecido, liderou uma greve de seis dias no Ano Novo de 2012, quando se elegeu para a Câmara Municipal; agora, conseguiu a maior votação para deputado estadual da história do Ceará, com 194,2 mil eleitores. O capitão fez campanha "casada" com outro grevista, o cabo Sabino, que conseguiu 120 mil votos e foi eleito para a Câmara dos Deputados. As agendas conjuntas incluíam visitas a policiais escalados para trabalhar na Copa do Mundo. Já em Pernambuco, o PM Joel Maurino do Carmo (Pros) teve uma eleição mais apertada. O chamado Joel da Harpa foi o último candidato da coligação a conseguir uma vaga, puxada pelo pastor Cleiton Collins. Seus temas principais que serão levados para a Assembleia, diz ele, são polícia, segurança e a "bandeira da família". Utilizarei o mandato para ser uma voz da categoria na Assembleia", afirma. Em novembro, todos os legisladores eleitos ligados à corporações policiais deverão se reunir em Brasília. "Será uma reunião pluripartidária. Vamos apresentar propostas para a segurança pública em todos os níveis e independentemente do governo", diz Wagner. Informações da Folha de S. Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário