O Movimento União Brasil Caminhoneiro fechou o acesso de rodovias nesta segunda em São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e Espírito Santo. O protesto pede subsídio ao preço do óleo diesel e isenção do pagamento de pedágio pela categoria em todas rodovias do país além de reivindicar a criação de uma secretaria do transporte rodoviário de cargas, subordinada diretamente à Presidência da República.
A rodovia Anchieta, que liga a capital paulista ao litoral, ficou interditada, ontem, desde 8h por quase 3 mil caminhões que bloquearam o acesso ao porto de Santos, o que só foi normalizado no início da noite.
Em São Paulo, na Rodovia Castelo Branco, a PM precisou jogar bombas de gás lacrimogêneo para liberar o acesso das pistas à noite. Os manifestantes atearam fogo em pneus na Avenida Engenheiro Augusto Barata, no bairro Alemoa, em Santos, perto do porto, conforme a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o Porto de Santos.
Apesar dos protestos, o embarque e desembarque de cargas no porto ocorre normalmente. O embarque de grãos, segundo a companhia, não foi prejudicado porque não ocorre em dias chuvosos, como nesta segunda.
Os caminhoneiros criticam decisão do governo estadual de cobrar pedágio dos caminhões por eixos, mesmo quando passam pela praça de pedágio com os eixos suspensos. Em Minas, caminhoneiros fecham a rodovia Fernão Dias em três pontos. Carros de passeio e ônibus trafegam por uma das pistas liberadas.
Na Bahia, três rodovias federais que passam pelo Oeste e pelo sul da Bahia foram interditadas em protesto por melhorias nas condições de trabalho. A Advocacia-Geral da União (AGU) havia conseguido anteontem uma liminar que impedia o MUBC de realizar manifestações que interrompam o tráfego nas rodovias federais.
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