Lula viajou para a África. E o Brasil foi atrás dele. A notícia de que Dilma Rousseff despencou no Datafolha alcançou-o em Adis Abeba, na Etiópia. Junto com a novidade veio a incontornável pergunta: o senhor volta em 2014? E ele: “não”.
Reativou aspas que terá de usar incontáveis vezes nos próximos meses: “A Dilma é a mais importante candidata que nós temos, a melhor. Não tem ninguém igual a ela para ser candidata à Presidência. Portanto ela será a minha candidata.”
Falou à reporter Cristiane Agostine, do Valor. Soou como se desejasse sufocar o “volta Lula”. Antes sussurrado, o coro adensou-se no final de semana. Natural, já que o padrinho de Dilma saiu do tsunami das ruas menos avariado do que a pupila.
Nas contas do Datafolha, a taxa de intenção de votos de Dilma caiu 21 pontos percentuais. A de Lula caiu 10 pontos. Ela agora dispõe de 30% da preferência do eleitorado. Hoje, amargaria um segundo turno contra Marina Silva (23%).
Quanto a Lula, reteve, no principal cenário, 46% das intenções de voto. Como a soma dos votos atribuídos aos rivais dá 37%, ele prevaleceria no primeiro turno. Daí a reativação do vozerio que pede a sua volta.
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