segunda-feira, 4 de agosto de 2014

BAHIA: JAQUES WAGNER É CONSIDERADO UM ALIADO TRAPALHÃO

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Da Revista “Istoé”

Em 2010, o governador Jaques Wagner (PT) foi o grande responsável pela vitória da presidenta Dilma Rousseff na Bahia, o quarto maior colégio eleitoral do País, com uma diferença de 2,8 milhões de votos sobre a oposição. Quatro anos depois, o cenário é o oposto.

Amargando um crescente desgaste de sua imagem, devido a sucessivos equívocos administrativos, Wagner é uma das razões para a perda de prestígio do PT em território baiano. Como consequência da deterioração do prestígio do petista perante a população baiana, Dilma desaba nas pesquisas de intenção de voto no Estado, que conta com 417 municípios e cerca de dez milhões de eleitores.

Segundo as mais recentes pesquisas, embora Dilma ainda ocupe a liderança, suas intenções de voto no Estado caíram de 63%, em fevereiro para 48%, em julho.

O processo da perda da popularidade do governador da Bahia remonta a 2012, quando o petista adotou uma postura atrapalhada durante negociação com os policiais militares do Estado, que cruzaram os braços por 12 dias pedindo o reajuste salarial e melhorias de trabalho, duas das principais promessas de sua campanha à reeleição.

Como efeito da falta de traquejo de Jaques Wagner na hora de negociar com os grevistas, a Bahia experimentou uma escalada da violência jamais vista no Estado e passou a ostentar um recorde negativo: ficou entre os sete Estados brasileiros que apresentaram crescimento explosivo no número de homicídios, entre 2002 e 2012, de acordo com o Mapa da Violência 2014.

Ainda em 2012, o governador ainda teve de enfrentar a paralisação, por 115 dias, dos professores estaduais por um reajuste de 22,22% nos salários, outra promessa de campanha não honrada por ele. A greve deixou 1,5 milhão de alunos sem aula e o setor da Educação se transformou numa outra vidraça da gestão petista.

Outros compromissos alardeados com pompa por Wagner durante a campanha também não passaram de palavras ao vento e contribuíram para o desgaste de sua imagem e da do PT no quarto maior colégio eleitoral do País. Foi o caso da construção da fábrica chinesa da JAC Motors, em Camaçari, que iniciaria suas operações em outubro de 2014, mas pode nem sair do papel, bem como a do Porto Sul de Ilhéus, cujas obras deverão ter início apenas em dezembro deste ano, último mês de seu mandato.


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