Escutas da PF apontaram pedido de Demóstenes (E) a Aécio (D)
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) confirmou nesta segunda-feira (23), por meio de sua assessoria, que em 2011 indicou Mônica Beatriz Silva Vieira, prima do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, para um cargo no governo de Minas Gerais. Segundo o tucano, a nomeação foi a pedido do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), então líder do DEM no Senado e "sobre o qual, à época, não recaía qualquer tipo de questionamento". De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal (PF) indicaram que Torres recorreu ao peessedebista para conseguir o emprego. Aécio afirmou que "desconhecia o parentesco e a origem do pedido". A solicitação foi encaminhada para avaliação da Secretaria de Governo, a quem cabia a análise. A administração mineira informou que a prima de Carlinhos Cachoeira foi nomeada para um cargo DAD 4, com salário de R$ 2,3 mil. Em um diálogo interceptado pela PF em 26 de maio do ano passado – um dia após a publicação da nomeação no "Diário Oficial do Estado" – Cachoeira pergunta a Mônica se "o salário lá é bom". Ela diz não saber: "Eu tentei pesquisar, mas não sai. Esses cargos comissionados não sai o salário". Cachoeira responde: "Aqui (em Goiás) no mínimo um cargo desses aí é uns R$ 10 mil". A beneficiada conta que trabalhava na diretoria de qualificação profissional da prefeitura de Uberaba. "Até briguei, falei 'se for menos eu tô perdida'". Para o governo, o currículo da servidora preenchia a qualificação para o cargo e ela possui experiência profissional como coordenadora dos programas federais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário